O país acordou esta segunda-feira com uma notícia que ninguém queria ler: Susana Pereira, jornalista reconhecida e figura querida da comunidade de Setúbal, morreu aos 50 anos, deixando uma região em lágrimas e um vazio impossível de preencher.
Natural de Setúbal, formada no Instituto Politécnico da cidade, Susana construiu um percurso sólido e admirado na comunicação social, especialmente na imprensa regional, onde rapidamente se tornou uma referência. Discreta, dedicada e incansável, era conhecida por chegar sempre onde outros não chegavam — e por manter uma ligação humana rara com as pessoas sobre quem escrevia.
O seu talento e profissionalismo levaram-na a integrar a equipa da Câmara Municipal de Alcochete, durante o mandato do presidente Carlos de Sousa, onde desempenhou funções de assessoria de imprensa com distinção. Muitos lembram que Susana não era apenas competente; era respeitada, admirada e, acima de tudo, profundamente humana.
Mas por detrás da força que mostrava ao mundo, Susana travava em silêncio uma longa e dura batalha contra um tumor. Uma luta que, segundo avançou a imprensa local, chegou ao fim esta segunda-feira. A notícia da sua partida espalhou-se rapidamente, gerando uma onda de consternação que percorreu toda a região.
Deixa um filho ainda menor, uma dor irreparável e uma comunidade que ainda tenta compreender como alguém tão presente, tão vibrante e tão batalhadora pode partir tão cedo.
A despedida começa esta segunda-feira, 6 de outubro, na Capela de São Paulo, em Vanicelos, Setúbal, a partir das 15h15. Espera-se uma grande afluência de pessoas — colegas, amigos, autarcas, leitores — todos aqueles que, de alguma forma, cruzaram o caminho de Susana e guardam dela uma memória luminosa.
Nas redes sociais, multiplicam-se as homenagens: textos emocionados, fotografias antigas, despedidas sentidas que revelam o impacto gigante que a jornalista teve no coração da cidade. Falam dela como profissional exemplar, mas também como mulher de coragem, empatia e determinação — uma força tranquila que marcou todos os que tocou.
A morte de Susana Pereira não é apenas a perda de uma jornalista.
É a perda de uma voz, de uma presença, de um pilar de uma comunidade inteira.
E Setúbal, hoje, chora uma das suas melhores.
