Um caso dramático nas urgências do Hospital Nossa Senhora do Rosário, pertencente à Unidade Local de Saúde (ULS) Arco Ribeirinho, no Barreiro, está a chocar a comunidade.
Sete horas à espera de observação médica
No dia 16 de fevereiro do ano passado, um homem com doença hepática crónica deu entrada nas urgências às 11h27. Foi triado com uma pulseira amarela, o que significa que deveria ter sido atendido por um médico no máximo em 60 minutos.
Contudo, só foi encontrado mais de sete horas depois, já deitado numa maca, quando a nora o localizou no setor de urgência.
Alta por abandono e falha no acompanhamento
Durante esse tempo, o médico terá chamado pelo doente três vezes e, sem resposta, acabou por lhe dar “alta por abandono”. Apesar disso, o homem não tinha saído do hospital e permanecia esquecido.
Desfecho trágico
Após ser finalmente observado, o paciente acabou por ficar internado. No entanto, o estado de saúde agravou-se e morreu dois dias depois.
Revolta e questionamentos
O caso levanta sérias questões sobre a organização e vigilância nas urgências hospitalares, bem como sobre a responsabilidade médica e institucional na gestão de doentes em situação crítica.
A família, mergulhada na dor, exige respostas para aquilo que considera ter sido uma falha grave que contribuiu para a morte do homem.