O desaparecimento de Iara Ramos Nascimento, irmã do apresentador da TVI Cláudio Ramos e de Luís Nascimento, marcou a atualidade nacional há cerca de um mês, quando o caso se tornou manchete em vários jornais e revistas. Agora, depois de ter sido encontrada em Madrid, Iara decidiu revelar finalmente o que esteve na origem do episódio que deixou a família e o país em sobressalto.

Recorde-se que Iara foi dada como desaparecida durante vários dias, tendo sido localizada na capital espanhola em estado frágil. O caso gerou grande preocupação, não só pelo laço familiar com o apresentador da TVI, mas também pelo silêncio que rodeou a situação. Agora, Iara descreve um percurso emocional duro, marcado por uma sequência de acontecimentos traumáticos.
De acordo com o seu testemunho, tudo começou há cerca de três anos, quando perdeu inesperadamente o marido, Nuno Gama, de 47 anos. Essa morte repentina mergulhou-a num período de sofrimento profundo. Iara afirma que, nesse momento crítico, sentiu que a família se afastou:
“Cláudio sabia o que eu estava a passar e nunca quis saber. Puseram-me de parte porque não se queriam meter nem arranjar problemas.”
A irmã do apresentador descreve esse afastamento como devastador, referindo que acabou por carregar sozinha a dor e até a culpa pela morte do marido. Sem apoio emocional ou familiar, entrou num ciclo de isolamento crescente.
Chegado o limite, Iara tomou uma decisão extrema: pegou no carro e conduziu sem destino, movida pela vontade de desaparecer de tudo e de todos. Acabou por parar em Madrid, onde viveu dias e noites em condições dramáticas.
Dormiu na rua, por baixo de carros, sem acesso regular a comida ou água. Em desespero, chegou a beber água de um posto de lavagem de automóveis.
“Eu só queria fugir de tudo e de todos.”
A história de Iara expõe uma realidade crua: o impacto emocional devastador do luto e a fragilidade que pode atingir alguém que se sente completamente só. Ao quebrar o silêncio, Iara não só esclarece o que aconteceu, como também lança um alerta sobre a importância do apoio familiar em momentos de dor profunda.