A comunidade desportiva de Ponte da Barca vive um dos seus dias mais sombrios. João Paulo Costa, jovem promessa do futebol local e figura muito acarinhada pela Associação Desportiva de Ponte da Barca (ADPB), partiu esta terça-feira aos 11 anos, vítima de uma doença prolongada que o afetava há mais de um ano. A notícia mergulhou a vila, os colegas e amigos num profundo estado de choque e consternação.

Natural de Vade São Pedro, João cresceu com a paixão pelo futebol estampada no olhar e nos pés. Desde muito cedo, destacou-se nas camadas jovens da ADPB, onde era visto como um menino talentoso, dedicado e determinado. Apesar da tenra idade, tinha já uma presença marcante no clube e um carinho especial por todos os que o rodeavam.
João era daqueles miúdos que nunca faltava a um treino, mesmo nos dias em que o corpo já começava a trair a energia que o caracterizava. Vibrava com cada jogo, especialmente quando via o pai, César Costa, jogar pelos Veteranos da ADPB. Celebrava cada golo com uma alegria contagiante — alegria essa que agora tantos recordam com lágrimas nos olhos.
A luta contra a doença nunca lhe apagou o sorriso, nem a vontade de estar perto do campo. Tornou-se, inadvertidamente, um símbolo de força e resiliência dentro e fora da ADPB. Colegas, treinadores e adeptos descrevem-no como “um amigo, um adepto e um companheiro”, alguém que deixava mais cor do que levava consigo.
Nas redes sociais, centenas de mensagens de pesar multiplicam-se. O Agrupamento de Escuteiros 396 de Vila Nova de Muía, do qual fazia parte, deixou um tributo sentido. Já a ADPB, profundamente abalada, escreveu que João “será recordado para sempre como uma estrela da casa, agora a brilhar noutra dimensão”.
Numa vila pequena onde todos se conhecem, a partida de João Paulo Costa deixa uma dor difícil de medir — e um silêncio impossível de preencher. Mas também deixa um legado de amor ao desporto, de coragem e de pureza, que continuará a inspirar todos os que tiveram o privilégio de cruzar o seu caminho.