Revelação comovente de Rute Cardoso: a última noite de Diogo Jota com ela e suas últimas palavras.

Porto, 12 de novembro de 2025 – Quatro meses depois da tragédia que abalou o mundo do futebol, Rute Cardoso, viúva do astro português Diogo Jota, quebra finalmente o silêncio. Em entrevista exclusiva ao nosso jornal, a jovem de 29 anos revela pela primeira vez pormenores íntimos da última noite que passou com o marido e, sobretudo, as suas últimas palavras, proferidas na privacidade do quarto do casal em Liverpool. Estas confidências, sussurradas com a voz ainda trémula, pintam um retrato de amor absoluto, interrompido no seu auge por um destino cruel. Esta revelação, para além da dor, humaniza um herói do futebol que se tornou uma lenda póstuma.

Recordemos os factos, gravados na memória coletiva como uma cicatriz indelével. A 2 de julho de 2025, Diogo Jota, o talentoso avançado de 28 anos do Liverpool e da seleção portuguesa, morreu num acidente de viação na autoestrada A-52, em Espanha, perto de Zamora. O seu irmão de 25 anos, André Silva, também ele um entusiasta da modalidade, estava com ele. O Lamborghini Huracán que conduziam, emprestado por um amigo e patrocinador, entrou em despiste num troço escorregadio da estrada devido a uma chuva repentina, embateu no guarda-corpos e pegou fogo. Ambos os irmãos morreram instantaneamente. Esta tragédia ocorreu apenas dez dias após o casamento, celebrado a 22 de junho na Igreja da Lapa, no coração do Porto. Um casamento luxuoso, com 200 convidados — entre os quais Virgil van Dijk e Rúben Dias — onde Rute, radiante num vestido de princesa com decote em coração, trocou votos eternos com o homem dos seus sonhos. Treze anos de amor, nascidos nas carteiras do Liceu de Gondomar, selados num dia de pura alegria.

Who is Diogo Jota's Wife? Player Married Rute Cardoso Two Weeks Before  Death - Newsweek

Mas por detrás das fotos idílicas publicadas no Instagram — aquelas em que Diogo, radiante, levanta Rute sob uma chuva de pétalas — já se escondia a sombra de um cansaço invisível. “O Diogo estava exausto”, confidencia Rute, com os olhos vermelhos de lágrimas. “A época tinha sido intensa: o Liverpool procurava a quádrupla coroa, e a preparação para o Euro 2028 consumia-o por dentro. Tinha enxaquecas que por vezes o derrubavam, sequelas de uma antiga concussão sofrida num jogo contra o Manchester City em 2023. Mesmo assim, recusava-se a parar. ‘Preciso de ser forte pelos rapazes’, dizia-me sempre.” Os rapazes: Dinis, de 5 anos, Duarte, de 3, e o mais novo, nascido em novembro de 2024, cujo nome — um segredo bem guardado — evoca as suas raízes familiares portuguesas.

A última noite, 1 de julho, permanece gravada na mente de Rute como um filme em repetição, ao mesmo tempo tortura e tesouro. Diogo, de regresso de um treino matinal em Melwood, prometera uma noite romântica. “Esquece o mundo, só nós os dois”, tinha enviado uma mensagem a partir do aeroporto de Manchester. Rute, que estava a tomar conta das crianças sozinha nesse dia, preparou tudo: um jantar simples em casa, massa à carbonara — o seu prato preferido, feito com o amor de uma infância partilhada — e uma garrafa de vinho verde gelado, uma recordação das noites roubadas a Gondomar. Com as crianças na cama cedo, a casa em Merseyside estava banhada por uma rara tranquilidade. O Diogo chegou por volta das 20h00, com um ar cansado, mas com os olhos a brilhar. “Abraçou-me com força assim que entrámos pela porta, como se fosse a primeira vez. O seu cheiro, aquela mistura de erva acabada de cortar com o seu perfume amadeirado… ainda o consigo sentir”, murmura Rute, com a voz embargada.

Jantam à luz das velas, rindo-se de anedotas do liceu: como Diogo, aquele rapaz tímido com uma bola colada ao pé, a convidou para o baile de finalistas, balbuciando um “És a mais linda” que lhe derreteu o coração. Depois, aconchegados no sofá, assistem a um antigo filme português, Tabu, de Miguel Gomes, de mãos dadas. “Era o nosso ritual”, diz ela. “O Diogo adorava estas histórias de amor impossível. Costumava provocar-me: ‘Desafiamos o destino, não é? Treze anos, três filhos e agora marido e mulher. Somos imortais’”. Por volta da meia-noite, sobem para o quarto, aquele que tem vista para o cintilante rio Mersey. Ali, na intimidade dos lençóis amarrotados, o amor físico selou a noite. “Foi ternurento, apaixonado, como sempre. O Diogo olhava-me de uma maneira como se eu fosse todo o seu universo. Murmurava palavras doces em português, sussurrava promessas: ‘És a minha força, Rute. Sem ti, não sou nada’”.

Diogo Jota's wife posts 'forever' tribute to mark one month since wedding |  CNN

Mas é nestes momentos suspensos que chegam as palavras finais, aquelas que Rute transporta como um talismã doloroso. Deitados lado a lado, ofegante e realizados, Diogo vira-se para ela, dando-lhe um beijo na face. “Se alguma coisa me acontecer, promete que viverás por nós. Pelos filhos, por tudo o que construímos. E diz-lhes que o pai os ama mais do que os golos na final da Liga dos Campeões”. Rute riu-se então zombeteiramente: “Não digas disparates, és invencível”.